(Rafael Belo)
Me solta, que minha insegurança segura minha vida nas grades de casa e trava portas e janelas para o mundo não entrar. Não me deixe sozinho sem a segurança da proteção. Toque de recolher silencioso quando a noite chega e a coragem acaba. Os bandidos trancados nas calçadas querem nos libertar.
Nosso enfadonho cotidiano roubado e quem é o ladrão com tanta agressão verbal? Nada de Ética, nada de Moral! É o trauma de uma rotina banal onde atira quem leva vidas e de quem é levado carregando o medo e a real paranóia de um descaso social a mais. Muros mais altos e elétricos, concreto sobre concreto e as vistas parecem se prisões. (?)
Lá se levam identidades de dia e o respeito é mais uma palavra contra a covardia. Sem iluminação decente a dúvida é quem cresce mais os assaltantes ou assaltados? Quantas mortes publicadas e óbitos impressos. A violência muda de cara e aumenta a agressão, são veículos com pressa e ônibus roubados. Ninguém é poupado nas mãos do Estado ou de um ladrão. Gabriel "o pensador" tem sua voz e canta: "Até quando vou ficar levando: porrada, porrada. Até quando vou ser saco de pancada...". A dor e o medo nos manipulam e cada vez mais estamos sem proteção. Para não perder a linha dos poetas: "Que País é Esse?".
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